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terça-feira, 2 de maio de 2017

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

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Aqui a narração em alemão hunsrickisch de uma história que teria acontecido no Colégio Santo Inácio em Salvador do Sul - RS nos idos dos anos 70.Aqui a narração em alemão hunsrickisch de uma história que teria acontecido no Colégio Santo Inácio em Salvador do Sul - RS nos idos dos anos 70.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

http://www.fatonovo.com.br/jesuitas-se-despedem-do-vale-do-cai-not-8361.php


Segunda-Feira, 08 de Agosto de 2016 - Hora:10:49

Jesuítas se despedem do Vale do Caí

Paróquia salvadorense era a última administrada pela ordem na região

Seminários em Salvador do Sul (foto) e Pareci Novo formaram padres e muitos líderes comunitários
O último domingo ficará marcado no Vale pelo fim da presença dos jesuítas na região, a partir da mudança do pároco da Paróquia Três Santos Mártires das Missões, de Salvador do Sul. O jesuíta Hugo José Mentges dará lugar ao padre diocesano Pedro Ritter, cuja posse acontecerá na noite desta sexta-feira.

A ordem jesuítica teve papel decisivo não só na difusão e preservação da religião, mas também no desenvolvimento regional. Destaque para o padre suíço Theodor Amstad, que chegou ao Caí em dezembro de 1885 e permaneceu ali até janeiro de 1908. Em Nova Petrópolis, em 1902, fundou o modelo cooperativo que deu origem ao Sistema Sicredi, hoje propagado pelo Brasil inteiro.

A atuação dos jesuítas no Estado, contudo, começou muito antes, com padres de origem espanhola que no século 17 vieram para as Missões. No Vale do Caí, o pioneiro foi o padre João Selbach, que em 1849 chegou a São José do Hortêncio.

A ordem teve a iniciativa da criação de diversas paróquias, além da implantação de seminários em Pareci Novo, 1895, e Salvador do Sul, em 1936, que proporcionaram conhecimento a milhares de estudantes e não só formaram padres, mas também importantes lideranças comunitárias. Muitas escolas tradicionais do país e várias instituições de ensino superior, como a Unisinos, ainda são administradas por setores dirigentes da Igreja Católica. Somente no século 19 foi que as escolas laicas passaram a ganhar maior espaço no cenário educacional brasileiro.

Aspectos como tempo mais extenso para a formação religiosa e a impossibilidade de ter bens materiais, segundo o padre Hugo Mentges, ajudam a explicar a grande queda no número de jesuítas em atuação em relação aos diocesanos. “Já havia 36 mil jesuítas no mundo, mas hoje não passam de 18 mil, 500 deles no Brasil. Esse número deverá cair mais um pouco e inclusive está sendo feito um esforço na promoção vocacional para que leigos possam assumir os colégios e universidades”, explica o padre. A esperança de Mentges é de que o crescimento da ordem em países como a China e a Índia possam iniciar a reversão desse quadro.

Hoje, no Rio Grande do Sul, somente duas paróquias ainda são coordenadas por jesuítas, em Porto Alegre e Pelotas.


Antes da partida, o reconhecimento
Há alguns dias, o padre Hugo Mentges, 64 anos, teve sua trajetória de cinco anos e meio na paróquia salvadorense reconhecida com o título de Cidadão de Salvador do Sul. A sessão solene da Câmara de Vereadores, realizada na Assemssul, teve grande acompanhamento, o que deixou o jesuíta muito emocionado.

“É uma maneira de lavar a alma. Vou sempre ter boas recordações dessa terra. Não era minha vontade sair da cidade agora, esperava ficar ao menos até o final do ano. Sabíamos que cedo ou tarde teríamos que nos retirar daqui pela falta de vocações. Desejo ao padre Pedro um bom trabalho aqui”, afirma. O insucesso da prefeitura na negociação para a compra do imponente prédio do Colégio Santo Inácio de Loyola, construção iniciada pelos jesuítas em 1934, também frustrou o padre. 

Padre Hugo, enquanto mostra mensagens de carinho recebidas da comunidade, faz questão de elogiar a atuação do Conselho Paroquial local. “Podemos tratar dos mais diversos assuntos com toda a tranquilidade. É uma população cativante”, salienta. Suas boas relações também se estenderam a seguidores de outras religiões.

Durante a missa que celebrou os 20 anos da paróquia salvadorense, sucedida por uma festa popular que reuniu mais de 1,2 mil pessoas, o bispo Dom Paulo de Conto enalteceu a atuação jesuítica na região. “Foi e é muito marcantes. Os jesuítas semearam e hoje nós todos estamos colhendo. Foram fundamentais para o progresso econômico e social dessa terra”, afirmou.

Nessa segunda-feira, dezenas de padres da região participaram de atividades de confraternização e de uma missa de envio do padre Hugo Mentges, que agora passará a viver a rotina da Unisinos, em São Leopoldo.

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